Vem, amor, segura
forte na minha mão,
E vamos atravessar
mais esta ponte.
Ela bem pode ligar a
minha ansiedade à tua euforia,
A minha angústia à
tua tristeza,
Ou, talvez, a minha
saudade ao teu suave pranto.
A vida desenha um
caminho de ilusões,
Um caminho sem fim,
onde o cansaço vence a dor.
Dizem que adiante é
preciso enfrentar monstros,
E bruxas que transformam
desafetos em duendes mudos...
Sussurram que no percurso
é preciso trabalhar muito,
Reunindo
forças que enfrentem injustiças, fome, abandono.
E que a ignorância humana
pode ser vencida.
Mas lá no coreto, os
jovens não pensam assim.
Dizem que a ponte
leva por caminhos suaves,
E que a natureza faz
um cenário encantador.
Falam de passarinhos
coloridos, de céu azul,
E de nada para temer.
Falam de amor.
Fico no banco dos
jovens.
Então, vem, amor,
vem, que toda ponte une partes desprendidas,
E nos levará para a
cidade dos sonhos feitos realidade,
Onde o amor, o
encantamento, e a poesia habitam.
Esta vida oferece o
primeiro passo.
Iniciemos a jornada
como sagrados.
Chegaremos enluarados.
Gilson Froelich
Direitos
reservados
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