A inquietude anuncia
a rebelião interior.
Vive-se para além de
nós, para aquém de todos.
A consciência define-me
uma ritualística profana.
Assim, violo valores
assentados na moral média,
Na ética do
quotidiano.
Abomino a hipocrisia,
e isso vale as profanações.
Nada como uma cova
rasa sobre o verniz das atitudes falsas.
Nada a fazer diante
de toda a mentira negada.
Nada a fazer diante
de toda falsidade escondida.
Comportamentos
velados não aceitam proteções.
Mergulho na boa
trincheira da dúvida.
É na dúvida que confio
em atos e palavras.
É na dúvida que
exponho minha consciência.
Às vezes me acaricia
uma densa vontade de ceder ao sagrado.
Gilson Froelich
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