Corrompe-me a razão
Essa teimosia de
idolatrar a dúvida,
De provocar o impacto
interior dos opostos.
Afinal, constrói-nos
viver entre a harmonia e o caos,
À sombra de conflitos
eternos, verdades transitórias,
E mentiras congênitas,
Tanto quanto sob a
linearidade da paz,
E a eternidade dos
conceitos.
Que seria da vida de
harmonia
Sem o impacto de
mentiras crônicas?
Que seria do caos se
atolado no pântano da verdade?
Ora, há quem veja a
beleza arquitetônica da pobreza
Com um sorriso de
pura sensibilidade plástica...
Ignoram o desprezo
que brota do obscuro olhar dos excluídos.
Cheios de crenças,
muitos alimentam inspirações profanas.
E projetam a estética
da miséria sem pudores,
Pintada na tela de
todos os futuros.
Mas se num desses
futuros a nefasta projeção é contrariada,
Os atores da miséria
confrontarão os heréticos.
Por colocá-los em
cena.
Gilson Froelich
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