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domingo, 24 de fevereiro de 2013

PRELÚDIO AO CAOS




Corrompe-me a razão
Essa teimosia de idolatrar a dúvida,
De provocar o impacto interior dos opostos.
Afinal, constrói-nos viver entre a harmonia e o caos,
À sombra de conflitos eternos, verdades transitórias,
E mentiras congênitas,
Tanto quanto sob a linearidade da paz,
E a eternidade dos conceitos.
Que seria da vida de harmonia
Sem o impacto de mentiras crônicas?
Que seria do caos se atolado no pântano da verdade?
Ora, há quem veja a beleza arquitetônica da pobreza
Com um sorriso de pura sensibilidade plástica...
Ignoram o desprezo que brota do obscuro olhar dos excluídos.
Cheios de crenças, muitos alimentam inspirações profanas.
E projetam a estética da miséria sem pudores,
Pintada na tela de todos os futuros.
Mas se num desses futuros a nefasta projeção é contrariada,
Os atores da miséria confrontarão os heréticos.
Por colocá-los em cena.

Gilson Froelich
Direitos reservados

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