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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Não sei se é amor que tens, ou amor que finges, 
O que me dás. Dás-mo. Tanto me basta. 
Já que o não sou por tempo, 
Seja eu jovem por erro. 
Pouco os deuses nos dão, e o pouco é falso. 
Porém, se o dão, falso que seja, a dádiva
É verdadeira. Aceito,
Cerro olhos: é bastante.
Que mais quero?

Ricardo Reis

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