Quem dera as flores
falassem, e chorassem os céus suas dores.
Calariam as bocas em
beijos e as lágrimas seriam cristais de luz.
Que a liberdade humana
não pudesse mais carregar sua cruz
Que as vidas brotassem
das mãos de Deus como a paz em cores.
Quem dera toda angústia
se libertasse do interior das dores.
E que todas as dores se
desamarrassem dos grilhões de aço;
Que livremente as bocas
bebessem da água límpida do regaço;
Que todas as línguas
pronunciassem a explosão de amores.
Quem dera o mundo fosse
varrido de toda grotesca escravidão,
E as pessoas todas, e as
crianças, voltassem a vestir a liberdade.
Que o bom da vida não
visse nem sexo, nem cor, nem idade,
Que cada um, onde
estivesse, recepcionasse o outro como irmão.
Quem dera a felicidade pessoal
fosse sempre submissa à coletiva.
Que o pão fosse
repartido todos os dias, em todo lugar, em todas as mesas,
E os corações, por mais humildes, vivessem sob chamas acesas.
E os corações, por mais humildes, vivessem sob chamas acesas.
E que a fraternidade
fosse de todas as ações a que estivesse sempre viva.
Gilson Froelich
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