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quarta-feira, 27 de abril de 2011

QUANDO UM POETA NASCEU...


Quando um poeta nasceu, como o sol que desponte,

Logo por sobre o mar longas e brancas velas

Desfraldam-se; e, por fim, tudo palpita, o monte,

O céu, a flor a luz – ó róseas bambinelas!


É um barulho de rio, um murmúrio de fonte,

Uma palpitação universal de estrelas;

\um sussurro, um fragor de beijos quentes pelas

Ondulações sem fim e rubras do horizonte!


Menino, homem depois, de um assalto ele ganha

Os ermos, que transpõe, os valos e os barrancos,

tendo sempre a sorrir nos olhos a Quimera...


Chegam os anos e vêm os cabelos brancos...

Todavia, ele só, em pé sobre a montanha,

Inda sonha, inda crê, inda deseja e espera!...


Emiliano Perneta

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