Quem dera as flores falassem, e chorassem os céus suas dores.
Calariam as bocas em beijos e as lágrimas seriam cristais de luz.
Que a liberdade humana não pudesse mais carregar sua cruz
Que as vidas brotassem das mãos de Deus como a paz em cores.
Quem dera toda angústia se libertasse do interior das dores.
E que todas as dores se desamarrassem dos grilhões de aço;
Que livremente as bocas bebessem da água límpida do regaço;
Que todas as línguas pronunciassem a explosão de amores.
Quem dera o mundo fosse varrido de toda grotesca escravidão,
E as pessoas todas, e as crianças, voltassem a vestir a liberdade.
Que o bom da vida não visse nem sexo, nem cor, nem idade,
Que cada um, onde estivesse, recepcionasse o outro como irmão.
Quem dera a felicidade pessoal fosse sempre submissa à coletiva.
Que o pão fosse repartido todos os dias, em todo lugar, em todas as mesas.
Que os corações, por mais humildes, estivessem sempre sob luzes acesas.
E que a fraternidade fosse de todas as ações a que estivesse sempre viva.
Gilson Froelich
Direitos Reservados – Lei 9610 de 10/02/98.
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