Pela janela aberta
já não invade a luz.
Incertezas revestem
o piso.
Dúvidas encarceram
até as poucas verdades assumidas.
Que importa?
Melhor seria um
mundo de gente interessante, que falasse coisas interessantes.
Nada mais. Gente
interessante é gente que eu gosto.
Coisas interessantes
são coisas que eu penso, que eu leio.
No rigor, falta
muita conversa das plantas e dos bichos.
Porque essa é uma
conversa que entendo sem ter que pensar. Sem ideologia.
Que o mundo seja o
furor da loucura.
Que o mundo seja a
explosão dos mudos. Ou das mudas.
Não dos sem vida,
dos que nem gritam nem se indignam.
Contudo, que não
silenciem as mentes torpes, mórbidas, conservadoras, alienadas.
É preciso
reconhecer as vozes, a prosa e os rostos dos crápulas.
Assim como é
preciso conhecer os textos e as telas da boa arte da vida..
Que o mundo seja
uma grande revolução.
Um caos que reconstrua
o néctar do prazer.
Gilson Froelich
Direitos
reservados
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